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EDUCAÇÃO- BRIGAS ENTRE IRMÃOS

  • Foto do escritor: Nicia Tavares
    Nicia Tavares
  • 28 de mar. de 2015
  • 2 min de leitura

Já pensou se não brigassem? Um irmão quebra o brinquedo e o outro diz: “Tudo bem, sem problemas, foi até bom quebrar!”- Isso não existe, não é mesmo? O motivo é a própria briga, pois a criança aprende técnicas de ataque e de defesa, envolve os outros e sai do tédio. De maneira lúdica ela começa o preparo para a vida adulta. Vai testar seus limites, se auto afirmar e aprender a negociar o que deseja, ou o que necessita. A pergunta mais inútil do mundo é: “Quem começou?” Porque o objetivo de envolver você na esperança de que acuse um e defenda o outro, já foi alcançado. Quanto mais você interferir, mais terá de interferir. Atenção com o recado que você dá ao filho mais velho, porque ele poderá trocar o não bater por não posso me defender. Deixe o filho falar, talvez tenha queixa legítima, mas também deixe claro que você tem como função, garantir que cada um se sinta seguro nessa casa, portanto não permitirá agressões físicas. Retire o outro da posição de vítima indefesa, mostrando-lhe que já não é aquele bebezinho, porque por exemplo guarda as roupas no armário, etc. Busque soluções junto ao filho prejudicado para minimizar sua raiva , por exemplo diga ao outro: “se ele é tão ruim. você não precisa brincar com ele”; ou, “puxa, ele sabe deixar você chateado.” Exercite o diálogo entre os filhos para evitar novas agressões. Podemos observar que ao mentir, a criança utiliza sua inteligência para criar ou distorcer um fato com o propósito de livrá-la de uma situação difícil da qual necessita escapar a qualquer custo, por não querer ou não poder aguentar as consequências .Por exemplo, ela pode esconder um boletim por não querer assumir a responsabilidade sobre seu ato, – o de não ter estudado o suficiente; ou por não poder assumir a emoção que a nota lhe gerou devido a crença, de que será “trucidada” pelos pais. Temos de um lado, aquela que mente, e do outro lado, temos para quem ela mente. Já sabemos que mentir é uma atitude inteligente utilizada para que se livre da situação indesejada, mesmo que mentir seja imoral. Resta-nos ressaltar que o mentiroso acredita que seus pais não terão estrutura suficiente para ouvir sua verdade, então inventa algo que gostariam de ouvir. A mentira pode ter crédito, e isso deflagrará mais mentiras, porque funcionou uma vez, e continua funcionando, até… A melhor maneira de enfrentar a situação é avaliando a realidade , percebendo enquanto pai/mãe, que é necessário o fortalecimento de suas estruturas emocionais para não saírem “gritando” e “espancando” ou humilhando o filho que erra , mas sim, dar lhe a segurança para poder e querer assumir esses erros. Quando a mentira virou hábito, é necessário a ajuda de um profissional para vasculhar sua raíz.


Matéria publicada no jornal em 10 de outubro de 2002

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