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ADOLESCÊNCIA EDUCAÇÃO - O DESPERTAR DA SEXUALIDADE (TERCEIRA PARTE)

  • Nícia tavares
  • 8 de mai. de 2015
  • 3 min de leitura

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Nos dois exemplares anteriores abordamos além da sexualidade reprimida das gerações anteriores, como esses pais estão conduzindo a orientação sexual de seus filhos hoje. Percebemos que estão confusos e deixando meio ao acaso a questão incluindo certeza só em duas questões: medo de doenças sexualmente transmissíveis e paternidade indesejada. E interrompemos na hora em que você, Leitor, queria perguntar – o que falta? Qual é a essência? Vamos elencar aqui o que fará a essência. -Ponto fundamental é - a auto-estima, que precisa estar boa, e a pessoa não se deixar levar pelo sentimento de menos valia, onde tudo pode ser aceito, não há filtro, ela permite abuso, não há altivez, grandeza. -Um outro ponto é - será que esse filho está acostumado à responsabilidade de arcar com todos os seus atos errados, ou ele tem pais que “quebram o galho”, ajudando-o a safar-se das situações difíceis? Ele se responsabiliza? -Será que esse filho sabe que - se há uma maturação hormonal, e se o corpo já está apto ao relacionamento sexual, o desenvolvimento emocional não está completado ainda? E o andamento, a serenidade, bem como o desgaste causado pela rotina que uma relação a dois envolve, depende desse amadurecimento para que perdure uma relação afetiva sexual? -Outro item é que - só esse amadurecimento trará a responsabilidade sobre si, sobre o outro sobre outros no entorno, culminando até sobre o cuidar do planeta. -Esse filho que está cheio de direitos, sabe quais são seus deveres e os cumpre, mostrando assim maturidade compatível com a idade? Se esses itens que foram se desenvolvendo juntamente com o desenvolvimento fisiológico desde o nascimento estiverem preenchidos, encontraremos um adolescente que tem capacidade de respeitar o outro como a si mesmo, sem querer transformar esse outro em objeto de seu desejo e de prazer. Saberá olhar exatamente quem é essa pessoa à minha frente e não o prazer que essa pessoa me dá e por isso aceita os graves defeitos. A falta de auto-estima produz um quadro onde se observa o jovem submetido por adultos inescrupulosos que usam suas imagens desnudas para causar inveja em outros adultos e assim ganhar dinheiro; comercializam corpos inocentes, inventam até turismo sexual e outros. Mas a auto-estima boa ficou muito na responsabilidade dos pais, já abordamos esse tema anteriormente. Na minha ótica, o ser humano é monogâmico porque como seres vinculares nós temos um grande desejo que é a origem dessa essência – ser importante para alguém! São argumentos desse tipo e muitos outros que você pode utilizar com o seu jovem que, se bem formado na essência, ele mesmo terá sua opinião, e com certeza, podemos apostar que terá atitudes e será nobre. Nada de repressão, o mundo mudou, não há ditaduras. Dentro de uma pequena e pálida visão, vou falar um pouco sobre a posição da igreja católica quando diz que a relação sexual deve ficar para depois do casamento. Nós suprimos o namoro, que já foi tema deste jornal, onde se define que namorar é dar-se a conhecer ao outro para pretender seu amor. Ao suprir essa etapa temos o prazer que mascara completamente o “conhecer-se e conhecer”. São pessoas que tem intimidade, porém não são íntimas, não se penetraram nas suas essências psíquicas, são estranhas. E não vão querer conhecer nada, é melhor colocar “terra nos olhos” para não perder o prazer que o outro me dá. Veja bem, a Igreja pressupõe relação sexual numa união estável, com confiança total e irrestrita entre o casal. Podemos até dizer que a Igreja as vezes anda a passos meio lentos, mas não podemos dizer nesse caso que ela é incoerente com seus ensinamentos. Isto só será possível se for mesmo após o casamento. E não dá para fazer apologia a nada que se refira à falta de confiança em um dos parceiros. Sexo feito com essência, conscientemente, como Deus criou, na troca entre dois que se comprometem e se amam é uma verdadeira oração! O que vemos atualmente é um sexo praticado sem consciência, mecânico, com o objetivo único de o próprio prazer, rebaixando o outro à condição de objeto: - Alto índice das moças alega não ter prazer na relação sexual e dizem fazer só para agradar o parceiro. Das crianças nascidas no Brasil, um terço é de mães com menos de 18 anos, sem falar do crescente índice de aborto, com óbito para a jovem. Crescem os problemas sexuais masculinos nos consultórios, onde meninos querem obter maior performance, e adotam remédios estimulantes aconselhados para a terceira idade, viciam, e tornam-se impotentes aos vinte e cinco anos .Agora podemos concluir que resposta à pergunta inicial do primeiro texto, é negativa. Após uma geração, nossos jovens estão mais expostos a uma péssima qualidade de relacionamento como um todo, e não estão mais preparados para a vida sexual do que estavam seus pais. Matéria publicada no jornal dia 10 de agosto de 2008

 
 
 

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