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FORÇA ANIMADORA II - A ESCOLHA DO PARCEIRO

  • Nícia tavares
  • 3 de jun. de 2015
  • 4 min de leitura

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No artigo anterior falávamos de uma força animadora que existe dentro de nós, e que a reconhcemos quando a projetamos no outro, na figura oposta a nós, pois trata-se de uma figura, mas é interior, uma personificação feminina no inconsciente masculino e masculina no inconsciente feminino. São as tendências do sexo oposto na psique da pessoa. E falávamos que no homem, a ânima vem na representação dos humores, sentimentos instáveis, intuições proféticas, receptividade ao irracional,a capacidade de amar, a sensibilidade à natureza, e por fim – o relacionamento com o inconsciente. Na mulher aparece mais comumente como uma convicção sagrada, por exemplo, quando ela anuncia com voz forte, masculina e insistente, ou a impõe às outras pessoa, (isso mesmo em uma mulher que exteriormente se revela muito feminina), a força do ânimus se revela igualmente firme e inexorável. A mulher desenvolve habilidades objetivas, é mais capaz. Assim como é moldado na mulher através da figura do pai, no homem é da mãe. Por estarem sempre conosco, (habitam o inconsciente) interferem nas nossas escolhas mesmo que não saibamos disso,e o padre John Sanford (psicólogo) denominou-os como sendo os nossos Parceiros invisíveis. Mas neste artigo gostaria de comentar com você que as escolhas do marido ou mulher “ideal” dependem deles, os parceiros. C.J.Jung (psiquiatra) percebe que essas personificações embora sendo invisíveis,se desenvolvem e evoluem, amadurecem, e devem ser assim, como nós também evoluimos psicologicamente. Por isso passam por fases de desenvolvimento. Se ficarem retidos em uma das fases, a idade cronológica do indivíduo diferirá da idade da ânima (ânimus), que trará influências negativas ao comportamento dessa pessoa De acorde com cada fase, também será a escolha do cônjuge naquele momento.a A influência é tal que P. Sanford diz que podem atuar como “anjos ou demônios” no matrimônio. Vamos entender melhor, falando sobre as fases. Ânima no homem, na primeira fase, é uma mulher primitiva, isto é, com poucas experiências de vida de cultura e de amor, descobrindo ainda o mundo, necessitando cuidados do homem para atravessar por essas aventuras que poderão ser perigosas. As princesinhas se adaptam muito bem aqui, e o homem dono deste tipo de ânima poderá apaixonar-se por alguém nesse perfil. Depois vem a segunda fase da ânima, onde a evolução identifica uma mulher que se cuida bem, inteligente, refinada, culta, onde podemos exemplificar com a figura de Cleópatra, com poder e determinação para buscar inflamadamente seus ideais. Na terceira fase a ânima evolui numa mulher espiritualizada, cheia de sentimentos e maternidade, que eleva o amor. C. G. Jung coloca aqui como exemplo, a Virgem Maria, o grande modelo para as mulheres-mães e esposas, onde o lar gira em torno delas com todos os cuidados que uma família necessita. E o quarto estágio, a ânima evoluirá para a mulher espiritualizada e centrada que orienta cada elemento familiar da melhor forma, colocando o bom senso acima de qualquer emoção para equilibrar e conduzir com soluções inteligentes, sutis, os agora filhos e vários agregados adultos no lar. Como exemplo podemos colocar a figura da deusa grega da sabedoria, Atenéia. Mulher nem bonita nem feia, mas sábia. A ânima é uma guia e mediadora do mundo interior, e o homem precisa levá-la a sério. Quando entra em contato com seu inconsciente e percebe essa animação, poderá fazer com que evolua nessa ordem. Lembrando ainda que o antônimo de animado é desanimado, não é leitor? Agora vamos entender os quatro estágios que o ânimus, o lado masculino na mulher, percorre. O primeiro homem é a força física, também a força da aparência, que podemos exemplificar com o personagem do Tarzan, o herói que ajuda a moça a percorrer a selva primitiva dentro dela mesmo para re – conhecer-se enquanto mulher. O segundo estágio é do homem romântico, o poeta que a surpreende com suas palavras e atitudes de provas de amor, um homem de ação, um herói de guerra que volta para a amada. Personagens explorados pelo cinema nos filmes épicos tipo El Cid, Os dez mandamentos, o Resgate do soldado Ryan,e outros. No terceiro estágio temos o condutor do “verbo”, um grande estadista, orador político que professa uma verdade, e a defende entusiamadamente. Podemos colocar para exemplificar essa fase leitor, o presidente norte americano Barak Obama. E no quarto estágio nos deparamos com figuras espirituais, o sábio guia que leva as verdades espirituais, na representação da pessoa que resolve pacificamente o conflito, tem conhecimento, experiência e paciência em sua jornada. Podemos colocar o exemplo de Gandhi. O lado negativo do ânimus pode levar a mulher entre outros sintomas, a sofrer por alguém que não a quer, a amar homens que as odeiam, a tendência à fragilidade, falta de objetividade, desânimo. E quando ânima e ânimus tendem a levar o diálogo a seu nível mais baixo, gera uma desagradável atmosfera de irrascibilidade e emoção. Aqui os parceiros invisíveis se comportam como os demônios a que se referia P. Sanford Então os parceiros invisíveis atuam diretamente sobre as escolhas do cônjuge, na maturidade da vida emocional, bem como no olhar que se fará sobre cada jornada, através de julgamentos pelo outro cônjuge, pois poderá ou não corresponder à verdade. Revendo com você agora, como está seu parceiro invisível? Tem a mesma maturidade que você? Basta rever as críticas que faz ao seu cônjuge, elas dirão se você espera uma atitude romântica e poética num velho sábio, ou a dependência e submissão na sua Atenéia. Se algo estiver desajustado, acerte os ponteiros.

Matéria publicada no jornal dia 10 de abril de 2013

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