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TRANSTORNO MENTAL SEM PRECONCEITO

  • Nícia tavares
  • 8 de jun. de 2015
  • 4 min de leitura

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"Não levante cercas, mas construa pontes"

Com certeza, você tem algum parente ou conhecido que sofre desse mal. Pela falta de informação, também já percebeu que as pessoas discriminam e preconceituam, rotulando-os de "loucos" principalmente se porventura for veiculada a possibilidade de tratamento psiquiátrico ou psicológico. Infelizmente, a falta desses tratamentos acaba trazendo um sofrimento a mais ao indivíduo. E não raras vezes a pessoa que busca tratamento sente-se desconfortável e oculta dos parentes, amigos e no trabalho, o fato de estar fazendo algum desses acompanhamentos. O medo delas surge a partir da possibilidade de além de serem vistas como loucas, ainda são taxadas como incapazes. E afinal, para entendermos melhor, o que são transtornos mentais? São alterações no funcionamento da mente que prejudicam a pessoa na vida familiar, social, pessoal, no trabalho, nos estudos, na compreensão de si e dos outros, na tolerância aos problemas e na possibilidade de ter prazer na vida. Não é doença na medida em que não aparenta uma mudança física em nenhuma área do corpo, e por isso é denominado transtorno, isto é, grupos de sinais e sintomas que se associam a alterações de funcionamento psicológico, de origem desconhecida. Vamos entender a origem desconhecida. Por exemplo, nem sempre se sabe o por quê da depressão em uma pessoa, e não há uma área corporal afetada que seja visível objetivamente. Inclusive o diagnóstico em psiquiatria é predominantemente clínico, ou seja, exames de laboratório e de imagem, raramente dão uma contribuição importante. Não deve ser confundido com doenças físicas que se manifestam na área mental (transtornos glandulares, metabólicos, tumores e outras doenças). Normalmente os Transtornos Mentais resultam da soma de vários fatores, e segundo INEF (Instituto de Estudos e Orientação da Família), são eles

  • Alterações do funcionamento do cérebro

  • Fatores genéticos

  • Fatores da própria personalidade da pessoa

  • Condições de educação

  • Ação de um grande número de fatores de estresses

  • Agressões de ordem física e psicológica

  • Perdas, decepções, frustrações, e sofrimentos físicos e psíquicos que perturbam o equilíbrio emocional.

Como você pode ver, não tem uma causa precisa, específica e sim são causados por vários fatores biológicos, psicológicos e sociológicos. Essa questão dos transtornos é tão ímpar que, se hoje você tem preconceito sobre esse assunto e resiste na convivência com algum portador, amanhã por infelicidade, se por exemplo, você sofrer um sequestro relâmpago, pronto: será o suficiente para poder passar para o lado dos transtornados. A linha é tênue. Qualquer ser humano, ao longo de sua vida, terá momentos de desequilíbrios mais profundos, e dependendo da intensidade de seu sofrimento, poderá ter um transtorno mental, passageiro ou permanente, pois não se sabe qual é a estrutura emocional que cada um tem, e pode ser que alguns não aguentem as situações pelas quais sejam obrigados a passar. Sabemos que os transtornos são frequentes, uma para cada cinco pessoas desenvolverá algum tipo de transtorno. Isto abrange muita gente no mundo, não é?. Vamos elencar alguns T M mais conhecidos, tais como: Estados de depressão, Estados de mania, Estados de ansiedade exagerada, Síndrome do pânico, Fobia Psicóticos, Dependência Química e do álcool, Fobia Social,explosivo intermitente e outros Mas, qual a origem do preconceito? Desde sempre a humanidade costuma ocultar o que de alguma maneira sai da "forma". O diferente desagrada, é estranho, é feio, bizarro, incomum, fora do contexto social vigente. Então na Idade Média surgem os hospícios,os cárceres para qualquer cidadão diferente. O esmoler, o doente, o estranho, o morador de rua, com limitações físicas, e os transtornados em geral. Por que faz tempo que os nossos valores culturais se baseiam na importância da pessoa de ser um sucesso, do homem super homem, do produtivo, o lindo. E criamos padrões tão altos para tudo isso, inclusive onde pouca gente se encaixa... E essa classe de pessoas discriminadas nos colocam, nos remetem na consciência da nossa imperfeição, pequeneza, destruindo o conceito de humanos maravilhosos, super homens infalíveis, semi deuses, na medida em que mostram que a pessoa é apenas humana, tem dificuldades, é falível, frágil, nem sempre produz, nem sempre é bela. Ignorar e não ver mascara o medo, o horror de se descobrir tal qual se é. E preconceituar é não levar em consideração os fatos reais, científicos e sim os fatos do senso comum, e desconsidera que toda pessoa é digna e com dignidade deve ser tratada. Infelizmente os transtornados mentais sofrem tanto com o preconceito que desenvolvem preconceito de si próprios, vergonha de sua condição, por se perceberem diferentes, e fora do enquadre social . O tratamento para T.M. pode ser feito de duas maneiras, com o uso de medicamentos, ou por acompanhamento psicológico, e são efetivos, na maioria dos casos se obtém bons resultados e maior sucesso quanto mais dedicação houver do paciente e do corpo clínico. Preconceito pressupõe um julgamento a partir do desconhecimento de um assunto e de uma opinião baseada na ignorância sobre os fatos. Nos transtornos a pessoa faz muito mal, mas principalmente a si mesma. Agora já sabemos sobre transtornos mentais embora muito raso, mas certamente podemos formar novas opiniões, não é? Quero terminar esse assunto com uma citação de C. Gustav Jung, para que se entenda melhor o que se pretende na psicoterapia em geral, mas no T.M. em especial, que diz: "O principal objetivo da terapia psicológica não é transportar o paciente para um impossível estado de felicidade, mas sim, ajudá-lo a adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor. Quem não se arrisca para além da realidade jamais encontrará a verdade"! C.Gustav Jung Matéria publicada no jornal dia 10 de fevereiro de 2014

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